A imagem visível do Deus invisível

A imagem visível do Deus invisível
Ele, a razão da nossa vida

domingo, 13 de novembro de 2011

É possível perder-se a fé?


Sim, é possível perder-se a intimidade com Deus.

É um conceito que está muito longe do que muitos dizem de  forma decorada, que a "fé é crer naquilo que não se vê".

Para iniciar a nossa reflexão sobre a fé, é necessário dizer que para a maioria das pessoas, as suas explicações sobre a fé começam com uma mentira.

Sim, a maioria começa mentindo sobre a fé.

A maioria, senão todos começam falando que "têm muita fé".

Só falta dizerem que eles e Deus estão ali ó, juntinhos, porque Deus está com eles.

Jogam uma conversa fiada de que são os bambambans da fé, de que sabem tudo, e conseguem o que querem, e vivem na fé.

A realidade é que, no silêncio da noite e dos problemas, fraquejam constantemente em sua fé. Encontro-me muitas vezes neste segmento

Há uma passagem no evangelho de João, em que o evangelista diz que "vendo os sinais que fazia, muitos creram em seu nome. Mas Jesus não tinha confiança neles, porque os conhecia a todos e não necessitava que Lhe dessem testemunho sobre o homem, porque Ele conhecia o que havia no homem" Jo2,23-25.

Aqui temos uma dupla versão sobre a fé, ensinada por Jesus:

1) Uma, falsa, professada pelas pessoas que dizem crer em seu nome. Professada da boca para fora.
2) outra, verdadeira, dita por Jesus que não acredita neles, porque conhece o que existe dentro do homem.

Dito isto começamos nossa caminhada de reflexão sobre a fé, limpando o terreno da mentira, bem a gosto de Satanás, que deseja fazer perder os fiéis.

A fé deve estar estreitamente ligada a uma sinceridade particular e pessoal do crente com Deus, sem subterfúgios, nem enrolações, com humildade em reconhecer suas limitações nesta relação.

Mas como os homens gostam de enrolar uns aos outros, enrolar a Deus pode estar dentro de seus hábitos cotidianos.

Porque quando não se conhece a Deus, pode-se fazer um deus ao seu propósito.

Este é o segundo problema para a verdadeira fé, fugir da maior idolatria que existe, que é a idolatria do próprio Deus.

Porque eu posso fazer uma idolatria do dinheiro, do poder, do sexo, de algum santo, mas posso também fazer de Deus uma idolatria, isto é, adequá-lo à minha conveniência, para que Deus me aceite como eu quero que ele me aceite, e não que eu O aceite como Ele é.

Se me libertar destes dois impedimentos iniciais, a mentira pessoal e a idolatria,  posso iniciar o meu caminho na fé.

Outra hora falarei um pouco sobre o caminho na fé. Por enquanto fiquemos nesta preparação.

É um tema interminável

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Muitas pregações, poucos exemplos. O que é mais importante?

Primeiramente quero afirmar não existir oposição obrigatória  entre pregar e testemunhar.

Esta oposição pode ocorrer circunstancialmente, como também pode não haver oposição, mas complementaridade entre ambas.

Em minha mente vem a passagem de Lc 6,47-49 onde Jesus nos faz uma pergunta incômoda:

"Por que me chamais Senhor! Senhor!, mas não fazeis o que eu digo?"

Como doem estas palavras em mim, que quero mas tenho dificuldade em fazer o que ele diz.

E como deveria, e continua a doer em Jesus, ouvir tantos clamores de pessoas que não praticam a sua palavra.

Ele nos mostra que escutar não é suficiente, mas é necessário praticar.

Isto se quisermos construir o edifício de nossa fé de maneira consistente.

Imagine se alguém, eu ou outro, for pregar a palavra de Deus, e em seguida, não praticar de acordo com o que Ele falou, o que é muito fácil de acontecer

Não estará incorrendo em erro ainda maior?

Creio que sim.

Por isso, o silêncio é fundamental para nos impedir de sermos incoerentes com a palavra, meditando-a, e buscando adequar-nos a ela.

Jesus nos chama à santidade, sabendo que o caminho de Deus é perfeito.

Busquemos esta perfeição conscientes de que somos imperfeitos nesta busca.

domingo, 6 de novembro de 2011

Eduardo Galeano - El Derecho al Delirio (Legend)



Que delírio! Sonhamos todos com esta utopia descrita magistralmente por Eduardo Galeano

O termo "crente" não é suficiente para caracterizar o Cristão

Na carta de São Tiago 2,19 está escrito: "Tu crês que há um só Deus?`Ótimo! Lembra-te, porém,  que também os demônios crêem, mas estremecem".

Melhor seria os que se dizem crentes se autodenominarem de cristãos, como foram chamados pela primeira vez em Antioquia.

O problema é que ser chamado de Cristão os iguala a tantos outros com os quais eles não querem se misturar (para não dizer sujar-se), que ficam com o de "crente".

Nas primeiras comunidades, entretanto, "ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum" At 4,32.

Quero dizer com isto que crer num sentido cristão, leva a uma mudança radical de modo de vida e de atitudes perante irmãos e os próximos.

Que não dizer de tantos que exploram os "crentes", e evitam de falar estas palavras, para não ir contra a sua arrecadação. Não é o contrário do que fala o cristianismo?

Não há como conhecer a justiça e a verdade sem o Espírito Santo

Estendo esta percepção para a alegria, a paz, e principalmente o amor.

Quem nunca fez uma experiência de procurar deixar o Espírito Santo ocupar a sua alma, conviver consigo, não consegue entender estas palavras, e terá outra idéia destes valores.

A justiça com o Espírito se torna outra justiça, muito superior. Comporta o perdão.

A verdade transforma-se em atitude natural da vida. Não tolera a mínima falta.

Pergunta:

Como deixar o Espírito Santo ocupar a nossa alma?

Resposta:

Não depende de nós diretamente, apenas de uma decidida concordância de que Deus possa fazer moradia em nós.



Contradições da fé

O católico é o rico que quer buscar um tipo de pobreza, e o evangélico é o pobre que quer buscar algum tipo de riqueza.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pensamento de Gandhi

Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu:

A Política, sem princípios;

o Prazer, sem compromisso;

a Riqueza, sem trabalho;

a Sabedoria, sem caráter;

os negócios, sem moral;

a Ciência, sem humanidade;

a Oração, sem caridade.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

As pessoas buscam mais desgraças que bençãos

Cada vez me convenço mais que grande parte do povo se interessa em pregar a discórdia e a desgraça, do que desejar o bem ao próximo.

O desejo de que Lula se interne em um hopital conveniado ao SUS, e não no Sírio Libanês, traz uma maldosidade, que procura justificar-se como crítica à sua gestão.

 Entretanto, só atinge a ele e não a todos os outros presidentes anteriores, que são igualmente co-responsáveis pelo estado da saúde no país.

Jogam assim contra si próprios as maldições que propagam.

"Faça ao seu próximo tudo aquilo que desejes para si mesmo" é ou não é um princípio cristão?

Estamos nos referindo a situações conhecidas de todos, mas se entrarmos no varejo, veremos que a facilidade com que se deseja o mal às pessoas é grande, por isso devemos trabalhar melhor o nosso silêncio, para não embarcarmos na mesma canoa.

Participemos da vida à nossa volta, mas marcando um divisor de águas. Ou possuímos a Água Viva em nós, ou somos "Maria vai com as outras", e não temos firmeza nem retidão moral, dentro de uma moral cristã, baseada no amor.